Fundação de Villa Rica
Em 1570, i.e. treze anos mais tarde
após a fundação de Ciudad Real, o mesmo capitão Ruy Díaz Melgarejo funda Villa
Rica del Espíritu Santo a sessenta léguas a leste do rio Paraná, em
território hoje paranaense. Isso é o que dizem os autores paraguaios que consultei 82. Segundo Ramón I. Cardoso, em quem
esses autores se baseiam, houve dois momentos dessa fundação:
La
primera fundación de la
Villa Rica del Espíritu Santo se hizo en la Pascua del Espíritu Santo de 1570, al este de Ciudad
Real, a sesenta leguas de ella, en un campo abierto, el de Cuaracybera, lugar de las minas, tierras
de los Ybarayás. Más tarde, Ruy Díaz de Guzmán la trasladó hacia el interior, sobre el Huybay (= Ivaí), cerca de la
confluencia del Curimbatay 83.
Cuaracybera,
conforme citação abaixo, era o nome do cacique em cujas terras se fundou a
vila. Por outro lado, Ruy Díaz de Guzmán (1544- ?), neto de Irala, já referido
como o primeiro historiador da região do Prata, foi também militar e o fundador
de Santiago de Jerez na região do Itatim,
no território do atual estado do Mato Grosso do Sul (ele era filho do espanhol cap.
Alonso Riquelme, que também veio para a América na expedição de Cabeza de Vaca) 84.
A
iniciativa de fundar Villa Rica, segundo Cardozo, foi uma decisão pessoal de
Melgarejo, quando estava em
Ciudad Real como ”capitán de guerra y justicia mayor”
e após ter sido informado de que se extraíra ouro do metal levado do Paraguai
para o Peru. Decidiu então,
sin
orden ni mandamiento de nadie, ir a fundar un pueblo cerca de esas minas.
Partió de Ciudad Real en febrero de 1570 con quarenta
hombres y cinquenta y tres caballos, rumbo al este.
Fue abriendo una picada de cuarente leguas para poder llevar los caballos y las municiones a través de bosques y montañas para llegar a las tierras del cacique Coracibera (Cuaracybera) hacia el Huybay, a sesenta leguas dela Ciudad Real , el
primer día de Pascua del Espíritu Santo del mismo año, en mayo más o menos. En un lugar muy bien parecido, a tres
leguas de las minas, hizo edificar
una iglesia y levantar al lado una cruz; luego, mandó construir allí una
fortaleza cubierta de tejas de
pinos “con sus torreones y troneras (= ameias) de doscientos y sesenta
pies de largo (= comprimento) y treinta de ancho (= largura)”, para refugio y defensa de la gente85;
nombró alcalde a Luis Osorio,
natural de Avila, conquistador, venido de España con Alvar Núñes y dotó a la
nueva población de veinte y
quatro arcabuceros. Dio a la ciudad el nombre de Villa Rica del Espíritu
Santo, primero, porque
estaba convencido de que en ese lugar de Cuaracybera existían las ricas minas
de oro y plata que le habían
asegurado los indígenas y segundo, porque la fundación la hizo el día del
Espíritu Santo. Y antes de volver a
Ciudad Real mandó “rozar y romper siete fanegas (= unidade de medida para cereais) de sembradura de 'bosque para roza de común para
sembrar maíz e otros bastimentos” (grifos meus) 86.
Fue abriendo una picada de cuarente leguas para poder llevar los caballos y las municiones a través de bosques y montañas para llegar a las tierras del cacique Coracibera (Cuaracybera) hacia el Huybay, a sesenta leguas de
Cardozo
critica aqueles que adotam outra data para a fundação de Villa Rica que não
seja 1570. São alvos de sua crítica De Ángelis, que adota 1575, e Lozano y Garay, que menciona 1576. Mostra que
os documentos em que se baseiam não sustentam suas afirmações 87.
Os outros
autores paraguaios que consultei, como já foi dito, são unânimes em afirmar que a data de
fundação é 1570 88. Mas esse não é o caso
dos historiadores paranaenses. Ruy Wachowicz, na “História do Paraná”, diz que
o cap. Melgarejo fundou Vila Rica do Espírito Santo em 1579 “nas margens do
rio Ivaí, próximo à foz do Corumbataí” 89.
Por outro lado, Jayme A. Cardoso e Cecília M. Westphalen, no “Atlas
Histórico do Paraná”, afirmam o seguinte: “Foi também Ruy Díaz Melgarejo
que, por determinação do governador paraguaio, em 1576, fundou, na confluência
do rio Corumbataí com o rio Ivaí, Villa Rica del Espiritu Santo (...)” 90. Cecília M. Westphalen, no “Dicionário
Histórico-Biográfico do Estado do Paraná”,
repete a afirmação anterior 91.
A
explicação para tal discrepância pode ser encontrada em Chmyz. Como vimos,
Villa Rica, de acordo com Ramón I. Cardozo, foi fundada duas vezes. A primeira,
em 1570. Neste caso, “Cardoso (...) salienta que não há nenhuma referência à
margem do rio Ivaí”, e sim a “uma região de campos, entre as nascentes
dos rios Piquiri e Ivaí, ao lado do caminho por onde penetraram Alvar Nuñez
Cabeza de Vaca, Hernando de Trejo e outros”, nas palavras de Chmyz. A outra
data de fundação é posterior. Para Chmyz, “A transferência da povoação de
Vila Rica do Espírito Santo para a margem esquerda do rio Ivaí, pouco abaixo da
foz do rio Corumbataí, deve ter ocorrido após 1578.” 92
Cabe
registrar que Gadelha, apoiando-se no “Diário” do cap. Juan Francisco Aguirre
(1758-1811) -- enviado pela Espanha para demarcar as fronteiras com Portugal --
adota o ano de 1576 para a fundação de Villa Rica, nas margens do rio Ivaí, mas
afirma que no mesmo local seu fundador, Melgarejo, fundara dez anos antes a
vila de Guarajibera. “Os espanhóis encontrariam, aí, as célebres pedras
brilhantes que acreditaram ser preciosas. Para Aguirre, esta é a origem do nome
de Villarica” 93.
Como se vê,
esse é outro tema que está a exigir maior investigação...
Segundo
Chmyz, Villa Rica situava-se no atual município paranaense de Fênix 94, o qual se desmembrou de Campo Mourão
em 1960, segundo publicação da Secretaria da Cultura do Estado do Paraná 95.
A propósito, afirma-se aí que ela foi fundada em 1580, que foi “sitiada, destruída
e incendiada” em
1632 e que
suas ruínas “existem
até hoje e foram tombadas pelo
Patrimônio Histórico e Florestal em 1948” .
Por causa
dos ataques dos bandeirantes, Villa Rica seria refundada várias vezes, até se
estabelecer definitivamente a quarenta léguas de Assunção. Permaneceu junto ao
rio Corumbataí até 1632, quando seus habitantes iniciaram tais deslocamentos,
no sentido do ocidente.
Cabe
salientar ainda, que em 1579,
a mando do governador Juan de Garay, Ruy Díaz de Guzmán
fundou Santiago de Jerez, à margem direita do rio Mbotetey, onde hoje se
localiza a cidade de Miranda 96 (no
estado do Mato Grosso do Sul). Essa área, conhecida como o Itatim, passaria a
subordinar-se assim ao governo de Assunção.
***
A ampla
região governada por Assunção envolvia, nessa época, além do Guairá, que ficava
à margem esquerda do rio Paraná, as terras da margem direita desse rio, o
chamado Paraguai oriental, e também o ocidental, do outro lado do rio com esse
nome. Abrangia portanto a bacia desses dois rios citados, e ainda a do rio
Uruguai, que desemboca no Rio da Prata, juntamente com o rio Paraná, formando o
“Mar Dulce” descoberto por Solis (o nome que prevaleceu-- “Rio da Prata” --
expressa não a presença efetiva desse mineral precioso na região mas o objeto
de desejo dos diversos conquistadores que nela adentravam, afinal desiludidos
com a constatação de que ele já fora encontrado por Pizarro em 1531, em suas
incursões no continente pelo lado do Pacífico, e com a descoberta, em 1545, das minas de Potosi 97).
A região
subordinada ao governo de Assunção perdeu o acesso ao Pacífico quando foi
criada a província de Nueva Extremadura em 1552, ainda no governo de Irala.
Outra diminuição de território, além do avanço português a oeste do meridiano
de Tordesilhas, ocorreu com a criação da
província independente de Santa Cruz de la Sierra em 1560, por decisão do vice-rei do Peru,
que assim resolvia uma disputa entre os governos de Assunção e de Lima sobre a
jurisdição dessa área 98. O
mapa nº 2 mostra essas alterações de fronteiras que significavam aumento da
importância relativa do Guairá no território paraguaio.
A
propósito, o governo de Assunção esteve subordinado ao Vice-Reino do Peru até
1776, quando foi criado o Vice-Reino do Rio da Prata, ao qual passou então a se
subordinar 99.
Em 1592
assume o governo pela primeira vez Hernando Arias de Saavedra, ou Hernandarias,
já nascido em Assunção, genro de Juan de Garay, o (2°) fundador de Buenos
Aires. Ele governará
esse Paraguai com a abrangência
territorial da época nos seguintes períodos: 1592-99; 1602-1609 e
1615-1621. Nesse último
período, o Paraguai
sofrerá sua mais severa restrição
territorial, pois em 1617 o Vice-Rei do Peru, reconhecendo a importância
econômica crescente de Buenos Aires, decide criar a “Gobernación del Rio de la Plata ”, com sede nessa
cidade e jurisdição sobre Santa Fé, Corrientes e Concepción del Bermejo, e
respectivas regiões. O Paraguai perdia portanto todo esse território. À “Gobernación
del Guairá o Paraguay”, sediada em Assunção, caberia agora apenas Ciudad
Real, Vila Rica e Santiago de Jerez, com as suas regiões 100 (cf. mapa nº 3).
A propósito da situação econômica do Paraguai nessa época, e de suas vilas, Gadelha afirma o seguinte:
A propósito da situação econômica do Paraguai nessa época, e de suas vilas, Gadelha afirma o seguinte:
Desde
1607 Hernandarias reclama ao Rei da enorme extensão do território e da
necessidade de dividir em duas Governações
a Província do Rio da Prata, o que possibilitaria maior vigilância ao contrabando e ao comércio ilícito. O
Paraguai, porém, seria apenas zona de trânsito dessas mercadorias, não retendo seus benefícios. Na verdade se
desenvolveria mui pobremente, em torno de Assunção
e dos povoados espanhóis do Guairá e
Itatim, centros de reunião dos vizinhos encomenderos,
que viviam quase que isolados em suas fazendas. Encontramos aí um dos exemplos mais extremos, existente na América
espanhola, de comunidades que se desenvolveriam à base de uma economia natural. Economia
possível devido à existência de terra suficiente, gado, agricultura de subsistência, matas abundantes e aldeias de índios encomendados a alguns pouco
vizinhos, proporcionando mão-de-obra
e excedente de produção 101
Segundo a mesma autora,
o século XVII será um século de crise da economia mundial, afetando inclusive a
Espanha, cuja crise se torna mais aguda
no reinado de Filipe IV, de 1621
a 1665. Isso se refletiria sobre seus domínios coloniais
na América. Nesse contexto, o Paraguai, “marginalizado das principais rotas
comerciais, não consegue quebrar o isolamento a que se achava reduzido” (p.
162).
De acordo com Gadelha,
a população de Assunção decaiu de 1500 vizinhos (ou 7500 habitantes, “uma
grande cidade para a época”) por volta de 1557 (ano da morte de Irala,
quando Assunção vivia sua fase áurea) para 200 vizinhos (ou 1000 habitantes) em
1609, conforme a Carta Ânua desse ano,
enviada pelo provincial jesuíta Diego de Torres à Espanha (segundo esta última
fonte, Villa Rica teria então 100 vizinhos e Ciudad Real, 60) (p.139 e 162). “A maior parte da população
deve ter ido tentar sua sorte em Lima e no Potosi, ou mesmo em São Vicente (Brasil) e no Tucumán, onde havia
mais possibilidade de enriquecimento e trabalho”. (p.163).
Villa Rica e Ciudad
Real, em 1628, “viviam na maior penúria, como atestam os documentos jesuítas
da época” (p. 166). Escreve a pesquisadora:
Villarica,
principal cidade da Província, possuía então 200 vizinhos. Devia esta cidade desenvolver relativo intercâmbio comercial com
o Brasil, vendendo índios aos paulistas, e franqueando a passagem do contrabando dos portugueses pela região.
Possuía excelentes plantações de algodão, cana-de-açúcar
e vinhas, criando também cabras, ovelhas e porcos para consumo local. Porém, a riqueza principal era a erva-mate,
colhida nas matas de Maracaju. O trabalho nos ervais era o terror dos índios encomendados, devido às
péssimas condições existentes de clima e isolamento e falta de alimentação no local, perdendo,
assim, os índios, sua vida e saúde
(p.166).
Após abordar a carta
ânua do padre Nicolas Durán de 1628-- que trata dessa exploração do trabalho
indígena na coleta, processamento e transporte da erva-- prossegue a autora
afirmando que os vilariquenhos dominaram o seu comércio até 1676, quando ocorre
a segunda destruição de Villa Rica. A partir daí, tal domínio passa para
Assunção, que inicia um comércio da erva em larga escala (p. 167).
No século XVI a Espanha era a
potência mais importante da Europa, sob os reinados de Carlos I (1516-1556)--
também imperador da Alemanha com o nome de Carlos V-- e seu filho Filipe II
(1556-1598), rei da Espanha, Flandres e Milão, que em 1580 assumiu ainda o
trono português.
Filipe II
tornou-se um intransigente defensor da religião católica, perseguindo os
protestantes, ao contrário de Carlos V. Iniciou a guerra contra os Países
Baixos que aderiram à Reforma, aos quais se aliaram a Inglaterra e
França. Devido à União Ibérica (1580-1640), os inimigos da Espanha
passaram a ser também de Portugal, e suas colônias. Por isso o Maranhão foi
invadido pelos franceses, em 1612, e a Bahia e Pernambuco pelos holandeses, em
1624 e 1630, respectivamente. Além disso, os navios que fossem para a América
ou dela retornassem-- em particular os galeões espanhóis carregados de ouro e
prata-- ficaram sujeitos aos ataques dos piratas dessas nacionalidades.
As
fundações de Ontiveros (1554) e Ciudad Real (1557) ocorrem assim no final do
reinado de Carlos V e nos princípios do de Filipe II, sob quem ainda se
concretiza a fundação de Villa Rica (1570). Por outro lado, foi durante
os sessenta anos da União Ibérica, e dos trinta anteriores a ela, que existiu o
“Paraná espanhol”, tema desta monografia.
Após o
período de Filipe III (1598-1621), que se destacou pela adoção de uma política
de paz estabelecendo uma trégua com os holandeses, seu sucessor Filipe IV,
durante seu longo reinado, retomaria as hostilidades contra eles, mas
acabou tendo de reconhecer a independência das Províncias Unidas em 1648, ano
também que encerra a Guerra dos Trinta Anos entre católicos e protestantes, na
realidade uma disputa entre as casas de Bourbon e de Habsburgo, na expressão de
E.M.Burns (a esta última casa pertencia Carlos V e seus sucessores no trono
espanhol).
No século
XVII, abrangendo os reinados de Filipe III, Filipe IV (1621-1665) e Carlos II
(1665-1700), a Espanha perde a supremacia militar na Europa. Ocorre, de modo
geral, um enfraquecimento do Estado espanhol, que perde também o domínio sobre
certos territórios europeus, inclusive o de Portugal, haja vista a restauração
de sua autonomia em 1640 no reinado de Filipe IV. Como disse Magalhães Filho, a
Espanha “já no final do século XVII passara a ser uma potência de segunda
categoria no cenário europeu”.
Todavia, do ponto-de-vista cultural o século XVII é um período notável
pelas suas realizações, com a produção de obras primas na literatura
(Cervantes, Góngora, Quevedo), teatro
(Lope de Vega, Tirso de Molina, Calderón de la Barca ) e pintura (El Greco, Velázquez), sendo
chamado por isso de “Siglo de Oro” pelos historiadores 102.
82 Victor Natalicio Vasconsellos (“Lecciones...”,
op cit, p. 63), Luis G. Benitez (“Manual de Historia...”, op cit, p. 36),
Benjamín Velilla (“Aportes de Benjamín Velilla...”, op cit, p. 109) e Julio
César Chaves (“Descubrimiento...”, op cit, p. 290) afirmam que Villa Rica foi
fundada em 1570, seguindo a opinião de Ramón I. Cardozo, cujo livro “El Guairá:
Historia de la Antigua Provincia ” é de 1936.
83 Cf excertos do livro de Ramón Indalecio Cardozo (1876-1943) “El Guairá: Historia de
la Antigua Provincia ” em http://www.villarrik.com/guaira.html (acessado em 20.12.2008).
Cf também “Jesuítas e Bandeirantes no Guairá”, documento II, datado de
1595, p. 118 (Ruy Díaz de Guzmán refere-se aí ao traslado que fez de Villa Rica para o local onde se situava
nesse ano, junto ao rio Ivaí).
84 Cf. notas de Pedro de Ángelis à “Historia Argentina del
Descubrimiento, Población y Conquista de las Provincias del Río de la Plata”,
de Ruy Díaz de Guzmán, disponível em http://www.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/68049485989571385754491/index.htm Cf também o site http://famousamericans.net e o verbete “Guzmán” (Ruy Díaz de --) da “Enciclopedia Universal
Ilustrada Europeo-Americana. Tomo XXVII. Madrid: Espasa-Calpe S.A., 1925. Sobre ele, dizem Westphalen e Balhana, com base em pesquisa
documental no Archivo General de Indias, em Sevilha: “Nos anos de 1586/88, o
Capitão Ruy Diaz de Guzman recebe títulos e comissões do Governador de Ciudad
Real, para explorar o rio Iguatemi, o Guairá e conquistar esta região. A 6 de
junho de 1588, Ruy Diaz de Guzman era nomeado para o cargo de Governador e
Capitão General de Guairá e de Villa Rica.” (Westphalen, Cecília Maria e
Balhana, Altiva Pilatti-- “Presença Espanhola...”, op cit, p.379).
85
Chaves complementa aqui a citação com a seguinte frase: (Melgarejo) “trazó el pueblo y repartió
entre las gentes solares para sus casas, tierras para sus chacras e indios para
su servicio” (Chaves, Julio César-- “Descubrimiento...”, op cit, p. 290)
86 Cf site http://www.villarrik.com/guaira.html
87 Cf site http://www.villarrik.com/guaira.html
88 Cf nota 82 acima
89 Wachowicz, Ruy Christovam-- “História...”, op
cit, p.30
90 Cardoso, Jayme Antonio & Westphalen,
Cecília Maria-- “Atlas ...”, op cit, p.26-28
91 “Dicionário Histórico-Biográfico...”, op
cit, p.138. ...op
cit, p. 138. A
autora acrescenta que a recém-fundada Villa Rica contava, inicialmente, com 60
homens brancos e dominava uma região com cerca de 40 mil índios. É de se
destacar, por outro lado, que em trabalho mais recente, elaborado a partir de
pesquisa realizada em 1994 no Archivo General de Indias em Sevilla, Westphalen
e Balhana referem-se a documento ali existente, datado de 14 de outubro de 1575
(anterior portanto ao ano de fundação de Villa Rica apontado por alguns
historiadores- 1576), em que o adelantado Juan Ortiz de Zarate outorga a Ruy
Díaz Melgarejo “os títulos de Governador, Capitão General e de 'Justicia
Mayor' de Ciudad Real del Guairá e de Villa Rica del Espiritu Santo”.
Melgarejo recebeu então, do adelantado, “vários repartimentos de índios da
região do Guairá” (Westphalen, Cecília Maria e Balhana, Altiva Pilatti--
“Presença Espanhola...”, op cit, p.379)
92 Chmyz,
Igor-- “Arqueologia e História...”, op cit, p. 74. Cláudia Inês Parellada, com
base em declaração do procurador de Villa Rica Pedro Montañez, de 1607, cita o
ano de 1589 como o da transferência de Villa Rica para seu local definitivo,
motivada por uma epidemia de varíola que assolou a região do primeiro local da
cidade, transferência essa determinada pelo cap. Ruy Díaz de Guzmán (cf.
Parellada, Cláudia Inês— “Paraná espanhol: cidades e missões jesuíticas no
Guairá”, p. 59-77, in
“Missões: conquistando almas e territórios”. Curitiba: Secretaria de Estado da
Cultura, 2009- p. 61).
93
Gadelha, Regina Maria A.F.-- “As
Missões...”, op cit, p. 94-95
94 Chmyz,
Igor-- “Arqueologia
e História...”, op cit, p. 76. A
primeira localização de Villa Rica teria sido no município paranaense de
Pitanga segundo Velilla, Benjamin- “Aportes de Benjamin Velilla...”, op cit, p.
60.
95 Ferreira, João Carlos Vicente--
“Municípios...”, op cit, p. 114-115
96 Vasconsellos, Victor Natalicio--
“Lecciones...”, op cit, p.65
97 Balhana, Altiva Pilatti et al.--
“História...”, op cit, p.48
98 Vasconsellos, Victor Natalicio--
“Lecciones...”, op cit, p. 50-52
99 Benitez, Luis G.-- “Manual de Historia...”, op
cit, p. 53
100 Vasconsellos, Victor Natalicio--
“Lecciones...”, op cit, p. 68
101 Gadelha, Regina Maria A.F.-- “As Missões...”, op cit,
p. 149
102
Informações extraídas das seguintes obras:
Díaz-Plaja, Fernando- “Espanha” (col. Pequena história das grandes nações”. Direção de Otto Zierer). São
Paulo: Círculo do Livro, 1976, cap. V, VI e VII, p. 35 a 66; Enciclopédia Mirador
Internacional, op cit, v.8, verbete “Espanha”, p.4098-4100; Burns, Edward
McNeil- “História da Civilização Ocidental”-2a ed, v.1, Porto Alegre: Ed.
Globo, 1970- pp.432-434 e 537-538; Magalhães Filho, Francisco de B.B de--
“História econômica”- 9a ed, São Paulo: Saraiva, 1983, p.162-166.
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